domingo, 18 de abril de 2010

Nam Thai | Pimenta de primeira


Você gosta de pimenta? Você não gosta de pimenta? Você gosta de frutos do mar? Você não gosta de frutos do mar? Então vá ao Nam Thai.
Há um certo tempo não vou - não me pergunte porque - mas precisava comentar, adoro o Nam Thai.
Não sou nada chegada a peixes e frutos do mar mas, apesar de ser um restaurante asiático, como alguns podem pensar, não há dificuldade de se encontrar ótimos pratos com outros ingredientes.
O Gaeng Moo Tay Po (39,00), que junta carne de porco em cubinhos, leite de coco e curry vermelho, é meu preferido e vem com a quantidade certa de pimenta. Por sinal, o cardápio traz a quantidade de pimenta de cada prato expressa em estrelinhas, sendo três estrelas o mais picante. O Gaeng tem duas.
O Nuea Massaman, com filé mignon, leite de coco, amendoim e curry de massaman (anis e canela, quase imperceptíveis, ainda bem) é outra boa sugestão. Mas o prato é apenas para iniciados. Com três estrelinhas, não é qualquer um que resiste. Chorei quando comi. Literalmente. Mas afinal, essa não é exatamente a graça da pimenta?! Ela faz os sentidos interagirem. Não é apenas uma boca que mastiga. É o corpo todo participando, numa explosão sensorial. Você sua, chora, interage. Adoro!
Vale dizer que há pratos sem nenhuma estrelinha, os seja, se você odeia pimenta, pode ir tranquilo. Agora, se algum prato possui esse ingrediente em sua composição, nem pense em pedir para tirá-lo, pois ouvirá um não.
Bem, mas o melhor, o melhor mesmo do Nam Thai, para mim, é uma sobremesa: mousse de yogurt com confit de gengibre (8,00). Gengibre? Sim, gengibre. Talvez a melhor sobremesa sem chocolate que já comi. Só provando para entender. Mas atenção, essa sobremesa só é servida na hora do almoço!

Dica 1: Para minimizar o efeito da pimenta, nada de beber água, ela espalha os efeitos. O ideal é comer arroz, que os neutraliza.
Dica 2: Cadastre-se no site, volta e meia você receberá notícias de promoções interessantes (www.namthai.com.br)
Serviço: Rua Rainha Guilhermina, 95 B - Tels.: (21) 2259-2962 / 2259-3172

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Joe & Leo’s | E prêmio de melhor hambúrguer vai para... o hot dog

Num sábado meio insosso fui com uma amiga velha de guerra ao Joe & Leo’s do Leblon. Até alguns meses atrás, o aniversariante e um acompanhante pagavam metade do valor em seus sanduíches. Então, lá fomos nós. No entanto, já no restaurante, soubemos que a promoção havia acabado (e olha que minha amiga ligou antes confirmando!). Cá para nós, se soubéssemos, possivelmente, teríamos ido a outro lugar, afinal, estamos longe de ser grandes fãs do restaurante. Não estou dizendo que o lugar é ruim, mas, na verdade, nunca entendi porque o Joe & Leo’s recebe todo ano o prêmio de melhor hambúrguer da cidade, quando similares, como B-52 e Banana Jack são infinitamente melhores. Será que é porque seu hamburger é mais seco e a chance de se morrer entalado é maior?! Ou será pelo preço absurdo que cobram por um hambúrguer, que pode chegar a 35 reais?! Não que os concorrentes sejam uma pechincha, mas apresentam preços  mais aceitáveis, em torno de R$ 20,00. Várias pessoas concordam comigo. Mas todo ano o prêmio está lá...
Enfim, chutei o balde do hambúrguer e optei pelo Bacon Doggie, vulgo cachorro quente. Uma linguiça enorme, enrolada em bacon, toneladas de cheddar por cima, tudo sobre um pão careca aberto. Como acompanhamento, optei pelas batatas sorriso, aquelas com carinhas literalmente sorrindo para você e que é uma das boas coisas da casa. Também, poderia ter escolhido fritas, onion rings ou batatas raquete. Gostei muito, mas achei que faltava um molho acompanhando, como acontece com os hambúrgueres. Tive que me virar com o catchup, mas pelo menos é um catchup de primeira. Saí estourando, sem chance para sobremesa.
Enfim, apesar de não ser muito fã dos hambúrgueres da casa, não conhecia o hot dog e aprovei, esse sim, muito melhor que o do Banana Jack, que normalmente vem com uma pele intragável. Aí fiquei imaginando que o melhor hambúrguer da cidade, na verdade devia ser um cachorro quente...
Em tempo: Preço do Bacon Doggie: 22,60.
Em tempo 2: A ilustração acima é de Roy Lichtenstein, pintor norte-americano ligado à Pop Art.
Em tempo 3: Na semana seguinte, voltei ao Joe & Leo’s. A fome era pouca e pedi só uma sobremesa. Não resisti ao Brownie Goin’ Nuts (que vem com calda de chocolate, sorvete de creme, chantilly e macadâmia, muita macadâmia, por 15,00). Lindo! Mas achei um pouco enjoativo e olha que não posso ver açúcar... Não é ruim, mas pelo que promete...

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Solario | Jogando a toalha (molhada)...


Já havia ido uma vez àquele rodízio. Detestei. Mas sabe quando uma de suas melhores amigas resolve comemorar ali o batizado do filho? Você vai dizer o quê? Que dessa vez não vai poder ir e prometer que quando a criança fizer a 1ª comunhão ou casar você vai? Sem chance... Assim, lá fui eu ao Solario.
Para começar, o garçom perguntou-me o que ia beber. H20H? “Não tem”. Nestea? “Não tem”. Comecei a achar que ia morrer de sede, afinal, não tomo refrigerante...
Então, começou (se é que esse é o termo certo) o rodízio. Primeira pizza? Mussarela. Não comi, claro. Imagina que vou perder tempo com a pizza mais óbvia da face da terra...
Mas talvez devesse, não só pela demora até chegar outra pizza, mas porque a de carne estava péssima, a de strogonoff, sem graça, a de calabresa era um poço de gordura e a 4 queijos... bem, quando perguntei, o garçom me ofereceu uma 3 queijos, pois o outro estava em falta. Logo imaginei que o 4º queijo estivesse junto com o H2OH... Desisti e parti para as pizzas doces.
Veio, então, a pizza de açúcar com manteiga... quer dizer... de chocolate branco ou seja lá o nome se dê para aquilo.
Nesse momento, um grupo enorme de estrangeiros desavisados entrou no restaurante. O que estava ruim, só conseguiu ficar pior. Foram 20 minutos sem sentirmos o cheiro de uma pizza. Coitado do garçom - muito simpático, por sinal - às voltas com os gringos, veio até nós e pediu desculpas: “não vou poder lhes dar atenção”, disse sem jeito. E não poderia mesmo. A casa não tinha nem metade dos garçons de que precisaria.
À medida que os gringos foram indo embora, resolvemos, otimistas que somos, fazer alguns pedidos: prestígio, chocolate com morango, doce de leite. Essa última veio, mas seria melhor que não tivesse vindo. Nunca comi um doce de leite tão ruim. Já os outros pedidos, adivinha?! Não tinha nem morango, nem coco, ingredientes que provavelmente deviam estar junto com o H2OH e o queijo do início da história... Resultado, abrimos uma caixa de Bis que, por sorte, tínhamos na bolsa e matamos um pouco nosso desejo chocólatra...
Falando em chocolate, morremos de alegria ao saber que minha amiga havia levado um bolo de chocolate para comemorar o batizado. Nossa ansiedade foi crescendo. Mas como tudo sempre pode piorar, o garçom trouxe os pratos para o bolo. Um cheiro estranho surgiu no ar. Pensei: “a única coisa que não estava aqui eram os pratos. O cheiro deve ter vindo junto com eles...”. Não resisti e cheirei meu prato. Para quê?! Cheiro de cachorro molhado, ou toalha molhada, como preferir... E aí aconteceu a melhor parte da noite, todo mundo começou a cheirar seu prato. Foi um tal de cheirar prato para cá, cheirar prato para lá, quase 20 pessoas cheirando seus pratos. Resultado, todo mundo jogou a toalha (molhada) e comeu o bolo no guardanapo...

Em tempo: para quem não conhece, o restaurante fica em Copa. Mas acho desnecessário dar o endereço...
Em tempo 2: a comida a quilo de lá é aceitável. É no rodízio que a coisa complica.  
Em tempo 3: o bolo da minha amiga estava ótimo!
Em tempo 4: FECHOU!!! Virou Apetitto, bem melhor!!!