domingo, 4 de julho de 2010

Pavão Azul | Garçom, o personagem principal

Não sou exatamente uma fã de botequins. Até porque quase não bebo. Mas já não aguentava mais ouvir falar do Pavão Azul, um bar hipertradicional de Copa, que recentemente recebeu o prêmio de melhor boteco da cidade. Tinha que ir lá conferir.
Fui com minha cobaia, digo, amiga, em uma sexta-feira. Eram 18h30 e já não havia mesas livres. Acostumada com locais em que, normalmente, se coloca o nome em uma lista e se espera ser chamado, descobri que a lógica ali era exatamente o inverso: é você que deve decorar o nome dos garçons, chamá-los – como se fossem seus melhores amigos – e perguntar, de tempos em tempos, se está na sua vez.
Duas horas se passaram e nada de nossos melhores amigos, digo, garçons, nos chamarem. Chegamos a pensar em ir embora, mas acabamos conseguindo uma mesa por nossa própria conta.
Já instaladas, percebi que os garçons são mesmo peças fundamentais. Uma alma caridosa já havia avisado que lá não havia cardápio, evitando, assim, que passasse a vergonha de pedi-lo. E logo descobri que o cardápio são os próprios garçons, a quem se deve perguntar o que há de comestível. Confesso que me senti um pouco órfã! Como gosto de um cardápio!
Bem, apelamos para as premiadas pataniscas (foto abaixo) - bolinhos de bacalhau. É curioso: a porção de 4 vem com 6! Segundo o garçom, adota-se a prática, pois o cliente sempre acha 4 pouco e pede mais. Mas só se paga pelas extras se comê-las. Eu, que não sou fã de bacalhau, não achei ruim, mas prefiro não opinar...Melhor ficar com a opinião da minha amiga, que gostou muito. 
Já dos bolinhos de carne, nosso pedido seguinte, posso falar: não gostei.
E quanto aos famosos pastéis, o de queijo (R$ 1,20) estava muito bom. Já o de tomate seco com queijo, na verdade, estava com gosto de camarão. Ou melhor, era de camarão. Reclamei com o garçom e – que simpático – ele não me trouxe um novo pastel, mas dois. Uma espécie de pedido de desculpas!
Mas sinceramente, não gostei muito dos pastéis de tomate seco. Bem que podiam ter errado na rodada anterior para que eu ganhasse outro de queijo...
E viva o pastel de queijo! E viva a conta! Comi muuuuito e gastei apenas R$ 10,00.
Com certeza a experiência valeu à pena. Mas acho que vou demorar algum tempo para retornar... confesso que me senti culpada de tirar o lugar daquelas pessoas que batem o ponto ali, religiosamente, todas as semanas. Enfim, retorno aos meus cardápios, listas de espera, e posso finalmente pensar em esquecer o nome dos garçons: Miguel e Vaguinho, os personagens principais da minha noite. 

Serviço: Rua Hilário de Gouveia, 71 - Copacabana

3 comentários:

  1. Patanisca é tudo de bom !

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  2. Lá é muito bom... Mas sem dúvida o mais divertido foi ficar tentando tirar a melhor foto do pavão.... rsrssrsrs...

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  3. Qdo voltar, procura o César, meu amigo e o garçon mais eficente...rs
    Bato ponto lá e recomendo mto!

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