segunda-feira, 28 de junho de 2010

Bibi | Salva pelo preço


Meu namorado, quando quer me irritar, me convida a ir lá. Não que seja ruim, muito pelo contrário, mas porque sabe que adoro variar...O fato é que o Bibi Crepes está longe de ser uma novidade para mim. Sou tão carimbada no Bibi que, só para se ter uma ideia, acabei de retirar uma bolsa de viagem através do cartão fidelidade.
Mas entendo o rapaz. É difícil encontrar algo ruim ali. As saladas, os sanduíches, os waffels (nossa, há quanto tempo eu não comia isso!) , os milkshakes (o de menta com chocolate é 10!) e, claro, os crepes.
Não resisto ao crepe de carne seca com catupiry e champignon (disparado o melhor). O de calabresa e o de carne moída com cheddar também são ótimos.
E para quem adora açúcar, como eu, os crepes doces vêm a calhar: são bem doces mesmo. Gosto bastante de um que leva o nome da casa e traz chocolate com morangos e chantilly. Uma vez, juntei brigadeiro com coco e também ficou muito bom! Mas, atenção, só peça os doces se for mesmo louco por açúcar!
Além dos crepes, os sucos do Bibi também são famosos. Adoro os de cupuaçu e de graviola. Mas há suco de quase tudo.
Enfim, volta e meia apresento o Bibi a algum amigo e é difícil alguém não gostar. É, talvez, a melhor relação crepe/benefício. Ou era... Não entendi o que houve com os preços do Bibi... O meu favorito passou de 13,00 para quase 18,00 reais! A carne seca por acaso virou artigo de luxo?! Não entendi e acho que muita gente também não: o local anda mais vazio.
Mas, como tudo tem um lado bom, o tal aumento tem feito pensarmos duas vezes antes de ir lá e assim consigo dar aquela variada básica...

Serviço: Há vários Bibis pela cidade, encontre a loja mais perto de você em www.bibisucos.com.br.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Andy’s | O saquinho que não é um saco

Foi um saquinho que me fez ir ao Andy’s.
Especializada em hot dogs, a casa tem à frente um dos sócios do consagrado Joe & Leo’s. E suspeito que tenha sido ele mesmo que nos atendeu. Sabe essas coisas que a gente não tem como explicar, tinha cara de dono e pronto! Por sinal, acho que nunca fui tão bem atendida. Não sei se é o padrão, mas o rapaz foi hiperatencioso.
Começou conseguindo-nos logo um lugar, na (pequena) casa. Depois, explicou-nos pacientemente como funcionam os pedidos: primeiro, escolhe-se entre sanduíche e hot dog e marca-se o pedido em um – olha ele aí – saquinho. Assinala-se o tipo de pão, os acompanhamentos e os molhos, alguns incluídos no preço, outros não. Os molhos podem vir no próprio sanduíche ou em potinhos, bastando escrever ao lado, no saquinho, a expressão “à parte”. No final, a pessoa põe seu nome, entrega ao atendente e – bingo – em poucos minutos o sanduíche surge dentro do mesmo saquinho.
Fiquei com o Astoria (14,90), hot dog de salsicha, com cheddar e bacon. Pedi mostrada escura e maionese à parte. Minha acompanhante ficou com o Champs (hot dog com champignons e provolone).
Os dois sanduíches estavam bem gostosos, apesar de, cá para nós, não ser nada fácil comer sem garfo e faca... Mas ainda acho que o hot dog do Joe & Leo’s, de que falei em outro texto, continua com o título de melhor cachorro quente...
Enfim, eu que já estava ficando de saco cheio de tanto ouvir falar do tal saquinho, aprovei não só o sistema, extremamente prático, mas a casa de um modo geral – com bons sanduíches, preços aceitáveis e um ótimo atendimento.

Em tempo: Retornei à casa só para experimentar o milk shake After Nigth de menta com pedaços de biscoito (9,90). Gostei muito! Mas claro que os chatos de plantão vão dizer que a menta parece pasta de dente...
Em tempo 2: Serviço: A casa fica na Av. Ataulfo de Paiva, nº 1240 – Leblon. Mas soube que a casa está de mudança para outro lugar. Vamos aguardar!!!

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Termos gastronômicos | Para não passarmos vergonha (3)

Continuando a série "Termos gastronômicos", apresento mais alguns termos que sempre via nos cardápios e nunca entendia o que queriam dizer. Mais uma vez, se eu estiver errada, me corrijam, please.

Steak au poivre – ou bife na pimenta – é um prato de origem francesa que consiste em um bife (geralmente, filé mignon), grelhado com pimenta verde e pimenta do reino preta, que formam uma espécie de crosta sobre ele. Normalmente é acompanhado por um molho constituído por redução de conhaque e creme de leite, que pode incluir, também, ingredientes como manteiga ou mostarda. Os acompanhamentos mais comuns são purês de batatas, batatas sautées, gratin dauphinois (ver abaixo) e salada verde. (pronuncia-se filé ô poavre)

Gratin Dauphinois
É um clássico da cozinha francesa. Trata-se, como o nome diz, de um gratin, ou seja, um prato gratinado, de batatas. Normalmente entram em sua composição creme de leite, alho e queijo. (pronuncia-se grratã dofinoá)

Musseline
O nome é conhecido no ramo da moda como um dos tecidos preferidos para a confecção de trajes para eventos especiais, pois é vistoso e fino. O termo passou a ser adotado nas cozinhas para emprestar este mesmo charme e sofisticação às receitas mais elaboradas. É uma espécie de purê mais leve e aerado do que o comum. Usa-se como base os mesmos ingredientes das mousses (leite, clara de ovos e creme de leite).

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Opium | Evitando a falência

Aposto que há restaurantes em que você passa em frente e pensa "não me arrisco", com medo de ter a falência decretada assim que a conta chegar. Para mim, o Opium, no térreo do Hotel Ipanema Plaza, fazia parte dessa lista.
Mas o democrático Restaurant Week, que aconteceu em maio, fez-me rever (em parte) esse conceito. Oferecendo entrada, prato principal e sobremesa a 27,00, não ia perder tempo. Lá fui ao tal Opium.
Pois bem, quando chegamos, o garçom nos entregou apenas o cardápio do festival e não o oficial. “Pronto!”, pensamos, “devemos estar com cara de quem vai à falência mesmo”. Mas logo constatei que, no período, só estavam oferecendo os pratos promocionais. Um alívio, né?!.. E, falando em cardápio, claro, minha curiosidade gastronômica fez-me pedir para dar uma olhada no cardápio principal. Achei coisas bem interessantes, por preços razoavelmente aceitáveis, em torno de 35 ou 40,00 reais. Não são uma pechincha, mas são menores do que eu imaginava...
Enfim, como dizem, demos início aos trabalhos. Comecei pelos espetinhos de frango à Vietinamita (em crosta de gergelim com vinagrete ao tamarindo e cubinhos de manga). Simplesmente excelentes! E olha que estou longe de ligar para frango... Depois,  fiquei com os medalhões de filet mignon à Moda Opium, com musseline (tipo um purê) de abóbora e crispies sei lá de que (não tenho a menor ideia do que era aquilo, mas era muito bom!). Os medalhões também estavam ótimos, mas senti falta de algo mais substancial: eram apenas os 3 medalhões e a (micro) porção de crispies. O de minha amiga estava mais caprichado na quantidade: frango com talharim japonês. Mas em compensação, o frango estava sem graça. Preferi o meu.
A sobremesa: mousse de tangerina e lichia. Levíssima. Tão boa que me fez pagar o mico de pegar o restinho com o cabo da colher, já que o lado normal não entrava no fundo da taça... Olhei para todos os lados e (nada) discretamente, lá fui eu...
Apesar de ainda sair com uma certa fome, simplesmente adorei a comida de lá. Vale voltar. Na verdade, acho que esse é o real objetivo do festival, deixar o pobre cliente com gosto de quero mais e assim fazê-lo voltar. E quem sabe, aí, então, levá-lo finalmente à falência...

Serviço: R. Farme de Amoedo, 34 - Ipanema - 3687-2000
 

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Rota 66 | A invasão das tequilas gigantes

Órfã do Guapo Louco, andava com saudades da comida mexicana. Resolvi, então, conhecer o Rota 66. Fui com duas pessoas à filial de Ipanema. Foram 40 minutos na fila, até conseguimos uma mesa.
Como - por incrível que pareça - não estava com muita fome, pedimos o Rota Mex que vem com 3 tacos (tortilla de milho dobrada, como um sanduíche), salada e molho sour cream (R$ 21,00). Fiquei com o tradicional taco de feijão refrito. Gostei muito. O de peru também estava ok. Mas o destaque vai para o sour cream. Nossa, como aquilo é bom!
Em seguida, pedimos o Combo Mex, porção de tortilla chips (que são a cara do Doritos) acompanhada de 4 potinhos de molho: sour cream, pico de galo, guacamole e chili beans (R$ 18,00). Gostei de todos, em especial, do apimentado pico de galo. Mas meus acompanhantes, claro, reclamaram da pimenta. E eu reclamo da porção de tortillas: incompatível com a quantidade dos molhos, sobrou molho e faltou tortilla. Quase pedi para porem os molhos na quentinha...
Mas as tortillas, o sour cream e a pimenta estão longe de ser o ponto alto do lugar. Subitamente, olhei em volta e percebi que o restaurante havia sido invadido por taças coloridas gigantescas. É o que chamam de Mega Frozen Tequila e é simplesmente d-e-s-c-o-m-u-n-a-l! Dá para um batalhão e custa R$ 75,00. Tinha gente apanhando para conseguir terminar a sua. Como éramos 3 e um ia dirigir, sobravam 2: não rolou. Fiquei na vontade. Apesar de não beber muito, ainda volto lá para enfiar o pé na jaca, digo, na tequila.

Em tempo: às segundas e terças lá acontece rodízio de comida mexicana.Já estou na fila!
Serviço: A filial de Ipanema fica na Farme de Amoedo, 47 (2247-5931). www.restauranterota66.com.br.